terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Do Início das Crises ao Diagnóstico da Síndrome de West


                                           
       

Bom, não sei bem por onde começar, pois na verdade não sei bem quando começou... a primeira vez que notei algo diferente acontecendo foi no dia 12/10/15, dia de Nossa Senhora Aparecida, ao acordar, quando fui pegar o Matheus no berço vi que ele pareceu virar o olhinho, algo muito rápido e sutil, sinceramente achei que não fosse nada e não dei muita importância para aquilo. À tardezinha, quando estava dando janta, ele caiu a cabecinha pro lado esquerdo duas vezes, aí sim fiquei louca! Gritei minha mãe e meu esposo que vieram correndo, mas já tinha passado.
Ele só voltou a apresentar algo de novo na quinta feira, aí ele já estava fazendo as crises em flexão, foram duas neste dia, mas sabe quando você se ilude e espera que não seja nada, então, somente no outro dia quando ele começou a dar as crises com mais frequência que fomos para Goiânia. E lá no pronto socorro ele não deu mais nenhuma crise, eu só relatava o ocorrido e uma médica muito perdida, coitada, que não sabia o que fazer...até que ele deu uma crise no sábado de manhã, ela viu e entrou com o fenobarbital, nisso fizemos uma ressonância e fomos transferidos para o Hospital da Criança, lá ele ficou sendo medicado com o fenobarbital até na segunda, quando o neuropediatra o atendeu. Um médico experiente, que logo só pelo relato do tipo de crise já me disse: "são crises mioclônicas, síndrome de West". Meu mundo desabou!
Ele avaliou o Matheus e só nos disse que tínhamos que controlar os espasmos o quanto antes, eu perguntava sobre prognóstico e ele só me dizia que era cedo. Ele olhou a ressonância e nos disse que ali sugeria paralisia cerebral, aí sim, abriu o chão sob meus pés! Eu só falava pro meu esposo: "Meu Bem, o Matheus será uma criança especial, temos que nos preparar pra isso", como se isso fosse possível! E ele o tempo todo forte, firme, tentando me amparar, dizia sempre assim: " Meu Bem, ele será a criança mais amada do mundo, será sempre o nosso filho, isso não o fará diferente"! Graças a Deus o pai do meu filho é o Artur, o Matheus não poderia ter um pai melhor que ele! Agradeço a Deus todos os dias por isso.
E ficamos ali, digerindo o que nos foi dito, com a cabeça rodando e clamando a todo momento Misericórdia à Deus. Nosso filho tinha Síndrome de West e agora?

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