quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Dias melhores viriam... O poder das orações!



Um dia, com quase quarenta dias de tratamento, eu chorando, esgotada, falava pra minha mãe que eu achava que Deus havia nos esquecido, parecia que Ele não estava nos ouvindo, pois nosso filho estava nas melhores mãos de Goiânia, tomando os melhores medicamentos, os medicamentos certos, havia meio mundo rezando pelo Matheus e nada acontecia, ele continuava a dar crises e mais crises, não estávamos vendo melhoras, quantas e quantas vezes durante as crises, eu com o Matheus no colo ajoelhava diante do berço dele chorava e pedia a Deus misericórdia do meu filho, pois era só isso que me restava fazer, pedir, rezar, implorar, pois  parecia que já havia se passado 10 anos, de tão intenso que estava sendo aquele momento, de tão dolorido tudo estava sendo. E ela, como sempre, com sua sabedoria e fé inabalável me disse: “filha, tenha calma, Deus está agindo, no tempo Dele, do jeito Dele! Não se desespere, confie! Quem tem fé não tem medo!” E eu pedi perdão a Deus por fraquejar, por muitas vezes duvidar de Sua Graça e Seu Amor por nós.

 E com quarenta e poucos dias começamos a ver a melhora do Matheus, ele voltou a interagir, a sorrir, a brincar, coisas simples para qualquer criança, mas que nosso filho não fazia mais.
 Isso aconteceu em um dia de domingo, meu pai sempre brincou muito com o Matheus, mesmo quando ele não estava mais respondendo aos estímulos, não estava interagindo, meu pai nunca deixou de brincar e estimular o Matheus, acho que por isso que o Matheus é tão louco com este vovô. E neste domingo começamos a perceber que o Matheus começou a esboçar um pequeno sorriso quando o papai brincava com ele, uma, duas vezes...Nossa, quase não acreditava no que estava acontecendo, o Matheus voltava a interagir, voltava a responder aos estímulos.

Na segunda o Matheus amanheceu outra criança, brincando, gritando, sorrindo muito, sentando sozinho de novo e permanecendo sentado por horas, se deixássemos, como num passe de mágica nosso filho voltava a ser como antes, mas peraí, mágica??? Ah, isso não existe, pra mim o que estava acontecendo tinha outro nome: MILAGRE!

Era a resposta que Deus estava dando as milhares de orações que nosso filho vinha recebendo, era uma cidade inteira pedindo, rezando, orando, implorando a Deus pela cura do Matheus e Deus estava todo tempo nos ouvindo! Tinha gente de todos os cantos, até em outros países, pessoas que nem conhecíamos rezando pelo meu filho, pessoas que nem imaginávamos estava em oração pelo Matheus e isso fez toda a diferença na cura dele. Meu filho era amado por pessoas que nem o conheciam!

Quantas vezes eu estava no supermercado, na padaria, as pessoas me paravam, perguntavam pelo Matheus e diziam com lágrimas nos olhos: “olha, estou rezando por seu filho, estou fazendo uma campanha na minha igreja por seu filho, seu filho está em minhas orações”. Pessoas que eu nem conhecia direito, que nem imaginava que pudessem se preocupar com nossa dor e eu agradecia e sempre dizia: “obrigada, as orações são muito importantes pra ele e estão chegando até ele”, pois eu sempre acreditei nisso, que meu filho estava sendo abençoado pelo amor que ele vinha recebendo de todos a sua volta.

E lá fomos nós para mais exames, clinicamente o Matheus estava ótimo, mas tínhamos que ver os exames, era ali que teríamos a certeza que o quadro dele estava mesmo mudando. Fomos a mais um EGG (eletroencefalograma) e este desta vez foi uma confusão, pra fazer é preciso que ele esteja dormindo, para que o exame saia perfeito, sem interferências, mas quem disse que esse menino dormia? Deram remédio pra ele duas vezes e nada, nada fazia ele dormir...até que quatro horas depois ele foi vencido pelo cansaço e sono.

Durante o exame, meu coração quase saltava pela boca, estava nervosa e como sempre fazia eu só rezava, rezava e pedia a Deus que ali não desse nada, que confirmasse através deste exame a cura que estávamos vivendo. Que medo do resultado não confirmar sua melhora clínica, pois se ainda houvesse a tal hipsarritmia, ainda haveria West e aquela melhora que estávamos vendo seria apenas temporária e passageira. Tínhamos que esperar por mais dois dias para pegar o resultado e o Matheus estava  cada dia melhor, mais esperto, é, eu não tinha mais dúvida, Deus tinha colocado Sua mão sobre meu filho e eu estava cada dia mais grata a Ele por isso.

O milagre estava acontecendo...






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